16 de abril de 2015

Ursa maior e Ursa menor

Ursa maior

Uma das 48 constelações de Ptolomeu. É uma das constelações mais conhecidas, tendo sido mencionada por poetas como Homero, Spenser, Shakespeare, Tennyson e Bertrand Cantat. O finlandês conto épico Kalevala menciona-a, e Van Gogh pintou-a de cabeça para baixo.
Ursa Maior é uma grande constelação, a terceira maior. É mais conhecida pelo "Arado", certamente o asterismo mais famoso do céu. A constelação oferece um grande número de objetos, alguns bem conhecidos, outros nem tanto, e uma estrela que há uns anos esteve nas notícias por ter pelo menos um planeta "temperado" à volta dela.
As estrelas são razoavelmente brilhantes e muito dispersas. Embora a constelação seja muito maior do que costumamos ver, ela estende-se mais para Sul, com xi Ursa Majoris (Alpha Australis), perto de Leão e Caranguejo. A constelação em si não tem nenhuma forma memorável; apenas alguns conseguem descobrir mesmo a ursa. Sendo assim, apenas a forma do "Arado" é mais conhecido. As estrelas que o formam são 7, e seguem o alfabeto grego, o que faz com que sejam fáceis de memorizar. Além de alpha Ursa Majoris, do arado fazem parte beta, gamma, delta, epsilon, zeta e eta.
Este asterismo particular tem também uma grande história, visto em muitas culturas como uma carroça. As sete estrelas não se estão a mover na mesma direção
, e ao fim de muito tempo, o asterismo irá desaparecer. Na realidade, foi há "apenas" 50 mil anos que se discerniu um bonito arado.

Ursa menor

Ursa Menor é uma versão mais pequena e ténue da Ursa Maior, e é o lar da Estrela Polar. A constelação data da Antiguidade, e pensa-se que tenha sido introduzida pelo filósofo grego Thales de Miletus por volta de 600 AC.
Desde que o Homem navega no mar que a Polar tem sido uma guia essencial.
No entanto, a Estrela Polar não é, como muita gente pensa, constante, mas muda gradualmente a cada alguns milhares de anos. O eixo da Terra move-se muito lentamente, completando um círculo em cada 25 mil e 800 anos. Durante este "ciclo precessional", algumas estrelas tomaram a vez da Polar.
A estrela polar actual, alpha Ursae Minoris, estará mais perto do polo em 2102, altura em que estará a 27'31" do Polo Norte. No entanto, beta UMi (Kochab), a estrela mais brilhante da constelação, está às vezes mais próxima do polo que alpha, tal como era há 3000 anos atrás.
A estrela polar mais brilhante é Vega (alpha Lyrae), que irá assumir a sua posição daqui a 12 mil anos. Outra estrela que periodicamente se torna na Polar é Thuban (alpha Draconis), lugar que não toma há 4600 anos, altura da construção das pirâmides do Egipto.
Tradicionalmente os astrônomos amadores têm usado a constelação como um guia para testar a claridade do céu noturno. As estrelas variam entre a 2.ª e 5.ª magnitudes (e até 6.ª); se estas últimas estrelas são visíveis, está uma boa noite para observação.
Ursa Menor tem um bom binário e umas quantas variáveis.

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