18 de novembro de 2017

Aldebarã

Aldebarã é uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da sequência principal do Diagrama de Hertzsprung-Russell depois de ter gasto todo o hidrogénio que constituía o seu “combustível”. Tem uma companheira menor (uma estrela mais pálida, tipo M2 anã que orbita a várias centenas de UA).
Actualmente, a sua energia provém apenas da fusão de hélio, da qual resultam cinzas de Carbono e Oxigénio.
O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente 5,3 x 107 km, ou seja, cerca de 38 vezes maior que o Sol (outras fontes referem que é 50 vezes maior). As medições efectuadas pelo satélite Hipparcos localizam a estrela a 65,1 anos-luzda Terra, e permitem saber que a sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude). É ligeiramente variável, do tipo variável pulsante, apresentando uma variação de cerca de 0.2 de magnitude.

Em um artigo de 1993, foi notada variação na velocidade radial de Aldebaran com um período de aproximadamente 640 dias, consistente com o efeito gravitacional de um plan eta massivo em órbita. No entanto, os autores não conseguiram diferenciar entre essa hipótese e rotação estelar ou variabilidade intrínseca. Em 2015, os mesmos autores apresentaram mais duas décadas de medições da estrela, confirmando a existência de um período de 629 dias. Evidências espectroscópicas sugerem que esse sinal corresponde de fato a um corpo em órbita, com um segundo período de 520 dias sendo atribuído à rotação da estrela. A solução orbital indica que o planeta tem uma massa mínima de 6,5 vezes a massa de Júpiter e está a uma distância média de 1,5 UA da estrela.

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