11 de janeiro de 2018

Um asteroide vai colidir com a Terra em 2019?

Um asteroide de nome: NT7, descoberto em 2002. Na época, houve muito alarme sobre a possibilidade de colisão em 2019, porque esse foi o primeiro asteroide descoberto pela NASA que trazia riscos concretos de um impacto com a Terra. A notícia foi bastante divulgada, assustou muita gente e, como era de se esperar, gerou uma grande onda de rumores sobre o apocalipse. Mas alguns dias depois do anúncio, a própria NASA descartou qualquer possibilidade de choque.
Podemos ficar aliviados - desta pedra estamos a salvo. Mas os asteroides representam, sim, um risco enorme para a Terra e para a humanidade. Por existirem aos montes no Sistema Solar, nós ainda não conseguimos mapear as órbitas da maior parte deles. Os gigantes são mais fáceis de serem localizados: nós conhecemos mais de 96% dos cerca de mil que têm um quilômetro de diâmetro ou mais. O mesmo não pode ser dito dos asteroides com diâmetro a partir de 140 metros, que já fariam um grande estrago. Estimativas sugerem que eles sejam 25 vezes mais numerosos, e uma das metas atuais é fazer com que o número destes objetos conhecidos chegue a 90% ou mais.
Nada impede que algum deles se choque contra o nosso planeta, eventos que já aconteceram diversas vezes no passado, como o episódio que levou à extinção dos dinossauros. Para evitar uma catástrofe do gênero e nos dar tempo de agir caso alguma ameaça seja confirmada, diversos programas estão sendo desenvolvidos. Um deles é o Near Earth Object Program, da NASA, que inclusive estimula astrônomos amadores a descobrirem novos asteroides. Quanto mais gente colaborar com a busca, melhor.
Mas e se eventualmente acontecer de nós não conseguirmos evitar uma colisão? No caso do NT7, que tem 2 quilômetros de diâmetro, o estrago seria enorme, mas provavelmente sobreviveríamos. Recentemente, nós divulgamos o que aconteceria se um asteroide de 500 quilômetros colidisse com a Terra.

20 de novembro de 2017

Arcturo

Arcturo (α Boo, α Boötis, Alpha Boötis), também conhecida como Arturo ou Arcturus, é a estrela mais brilhante da constelação do Boieiro. É a quarta estrela mais brilhante no céu nocturno.
Pertence à classe espectral K do sistema de classificação estelar proposto por Annie Jump Cannon. O diâmetro de Arcturus é de aproximadamente 22.100.000 km, o que corresponde a 30 vezes maior que o do Sol e 1733 vezes maior do que o planeta Terra, a sua temperatura chega aos 4300 K (aproximadamente 4000 °C). É considerada como uma das estrelas que mais tende a durar (cerca de 9,3 bilhões de anos) devida a sua magnitude média (magnitude aparente de -0,04 e uma magnitude absoluta de 0,2). Antigamente era classificada como uma gigante vermelha, mas na reclassificação proposta pela NASA é considerada atualmente como uma média alaranjada. Está cerca de 33 anos-luz do sistema solar e é uma das estrelas mais brilhantes no céu terrestre.
Na mitologia romana, conforme relatado por Higino, Arcturus é o ateniense Icário. Ele morava com sua filha virgem Erígone e seu cão Maera. Ele hospedou Liber Pater, que o ensinou o segredo do vinho. Icário deu o vinho a uns pastores que, acreditando que Icário os tinha envenenado, o mataram a pauladas. Seu cão Maera, latindo sobre o corpo morto do dono, chamou Erígone, que se enforcou. Liber Pater então afligiu as mulheres atenienses com uma praga, que só terminou quando eles puniram os pastores e instituiram um festival em honra dos dois. Os deuses então transformaram ambos em estrelas: Erígone virou a constelação de Virgem e Icário a estrela Arcturus.

18 de novembro de 2017

Aldebarã

Aldebarã é uma estrela de tipo espectral K5 III (é uma gigante vermelha), o que significa que tem cor alaranjada; tem grandes dimensões, e saiu da sequência principal do Diagrama de Hertzsprung-Russell depois de ter gasto todo o hidrogénio que constituía o seu “combustível”. Tem uma companheira menor (uma estrela mais pálida, tipo M2 anã que orbita a várias centenas de UA).
Actualmente, a sua energia provém apenas da fusão de hélio, da qual resultam cinzas de Carbono e Oxigénio.
O corpo principal desta estrela expandiu-se para um diâmetro de aproximadamente 5,3 x 107 km, ou seja, cerca de 38 vezes maior que o Sol (outras fontes referem que é 50 vezes maior). As medições efectuadas pelo satélite Hipparcos localizam a estrela a 65,1 anos-luzda Terra, e permitem saber que a sua luminosidade é 150 vezes superior à do Sol, o que a torna a décima terceira estrela mais brilhante do céu (0,9 de magnitude). É ligeiramente variável, do tipo variável pulsante, apresentando uma variação de cerca de 0.2 de magnitude.

Em um artigo de 1993, foi notada variação na velocidade radial de Aldebaran com um período de aproximadamente 640 dias, consistente com o efeito gravitacional de um plan eta massivo em órbita. No entanto, os autores não conseguiram diferenciar entre essa hipótese e rotação estelar ou variabilidade intrínseca. Em 2015, os mesmos autores apresentaram mais duas décadas de medições da estrela, confirmando a existência de um período de 629 dias. Evidências espectroscópicas sugerem que esse sinal corresponde de fato a um corpo em órbita, com um segundo período de 520 dias sendo atribuído à rotação da estrela. A solução orbital indica que o planeta tem uma massa mínima de 6,5 vezes a massa de Júpiter e está a uma distância média de 1,5 UA da estrela.

15 de novembro de 2017

Antares, a dama de vermelho

Antares (α Scorpii, Alpha Scorpii) é uma estrela supergigante vermelha na constelação de Scorpius. É a 16ª estrela mais brilhante do céu noturno (embora às vezes seja considerada a 15ª, se os dois componentes mais brilhantes da estrela Capella forem contados como uma estrela). Junto com Aldebaran, Spica, e Regulus, Antares é uma das quatro estrelas mais brilhantes próximas da eclíptica. Antares é uma estrela de variabilidade lenta com uma magnitude aparente de +1,09.
Na Bandeira do Brasil, Antares representa o estado do Piauí.

Antares é uma estrela supergigante de classe M, com um raio de aproximadamente 883 vezes o raio do Sol; se fosse colocada no centro do Sistema Solar, sua parte mais externa se encontraria entre a órbita de Marte e Júpiter. Antares está a aproximadamente 600 anos-luz(180 pc) da Terra. Sua luminosidade visual é de cerca de 10 000 vezes a do Sol, mas como a estrela irradia uma parte considerável de sua energia na parte infravermelha do espectro, sua luminosidade bolométrica é de 65 000 vezes a solar. A massa de Antares é de 15 a 18 massas solares. Esse tamanho grande e relativamente pouca massa dão a Antares uma densidademuito pequena.
O tamanho de Antares pode ser calculado usando seu paralaxe e diâmetro angular. O paralaxe de Antares é de 5,40 ± 1,68 mas, e seu diâmetro angular é conhecido a partir de ocultações lunares (41,3 ± 0,1 mas). Isso dá à estrela um raio de 822 ± 80 raios solares.
Antares é uma estrela variável irregular lenta de tipo LC, cuja magnitude aparente varia lentamente de +0,88 a +1,16.
A melhor época do ano para ver Antares é em 31 de maio, quando a estrela está em oposiçãocom o Sol. Nesse momento, a estrela é visível a noite inteira. Por duas a três semanas do final de novembro, Antares não é visível totalmente devido ao brilho do Sol. Esse período de invisibilidade é maior no hemisfério norte do que no hemisfério sul, uma vez que a declinação da estrela é ao sul do equador celeste.

26 de julho de 2017

Estige

Estige, antigamente, S/2012 P 1 (ainda conhecido como S/2012 (134340) 1 ou P5) é um pequeno satélite natural de Plutão cuja existência foi anunciada em 11 de julho de 2012. Foi o quinto satélite confirmado do planeta anão, encontrado há cerca de um ano após a descoberta de S/2011 P 1, a quarta lua de Plutão.
Estima-se que a nova lua tenha um diâmetro entre 10 e 25 quilômetros.

No dia 2 de julho de 2013, a UAI anunciou que foram aprovados os nomes Cérbero para o satélite P4 e Estige para o satélite P5. Estige é o rio que passa pelo sub-mundo na mitologia grega. Foi garantido à ninfa Estige por ter ajudado Zeus na guerra contra os titãs. As águas deste rio são mágicas e desaguam no Tártaro. A convenção para os nomes dos satélites de Plutão é de que estes estejam ligados à figura mitológica Hades (correspondente grego de Plutão).